É verdade que muitas mulheres apresentam uma enorme vontade de comer determinados alimentos, ou conjugações de alimentos, que em muitos casos, não faziam sequer parte da sua rotina alimentar.
Mas será verdade ou estão as grávidas a ser influenciadas por um mito?
É verdade sim. Os desejos aparecem principalmente no primeiro trimestre, podendo-se manter até ao final da gravidez. Isso acontece devido à oscilação dos níveis hormonais que levam a alterações no paladar e olfato. Essa alteração é também responsável pelos enjoos que ocorrem no primeiro trimestre.
“Mas se me apetecer muito banana e não comer, o meu bebé vai nascer com cara de banana?”
A resposta é não. Os desejos não vão influenciar o desenvolvimento do bebé.
ATENÇÃO… Isso não quer dizer que deve ignorar os desejos…
Porém, acredita-se que alguns desejos possam ser pedidos do seu organismo para algum défice nutricional que esteja a enfrentar.
Nessas situações convém atender a esses desejos. Isso acontece quando a mulher tem frequentemente vontade de comer especialmente alguma fruta ou vegetal. Exemplo disso, é a vontade enorme que algumas grávidas vegetarianas sentem em comer carne nesta fase.
Mas… e se tiver vontade constante de comer chocolates ou bolos, por exemplo?
Nesse caso, deve ser responsável e ter algum controlo, uma vez que, esse tipo de alimentos, consumidos de forma frequente vão prejudicar a sua gravidez e o seu bebé.
O que costumo dizer às minhas grávidas?
Se esses desejos acontecerem de forma esporádica e se forem desejos por alimentos que não estejam contraindicados na gravidez, então pelo seu bem-estar mental aconselho a atende-los, sim.
Até porque, a gravida já tem de enfrentar muitas alterações emocionais durante a gravidez, e lutar contra um desejo que não irá prejudicar o seu bebé não me parece justo!
No caso de desejos muito recorrentes, é necessário avaliar cuidadosamente a situação numa consulta, e tentar perceber qual a causa para tal acontecer.
Espero ter ajudado.
Aviso: Todas as informações fornecidas são generalistas e em momento algum substituem uma consulta com um profissional. Cada mulher é única e devemos respeitar a sua individualidade.
Um beijinho da nutri*
Virgínia Marques